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Olá a todas as almas lindas;
Ultimamente tenho andado ausente e não tive muito tempo para o fórum, mas recentemente senti que tinha que vir cá partilhar a triste notícia do incêndio no Palácio da Fonte da Pipa em Loulé.
Certamente já devem ter ouvido falar deste palácio.
Foi construído no século XIX, mais ou menos no ano de 1875 pelo Marçal De Azevedo Pacheco de forma a receber o rei D Carlos. No entanto, este terá decidido ficar no palácio de Estoi. Azevedo Pacheco não chegou a ver o seu Picasso ficar concluido, pois morreu algum tempo mais tarde. Este palácio foi chamado de Quinta da Esperança, nome que não colou porque havia ali perto uma fonte que saciava a sede dos mais sedentos louletanos. Em 1920 o palácio foi adquirido por Manuel Dias Sancho que tinha uma casa bancária em seu nome. O palácio foi então acabado e melhorado. No entanto, com a crise de 1919 muitas empresas foram à falência e o palácio foi levado pelo banco do Algarve. Francisco Guerreiro foi então quem adquiriu o palácio ao banco. Na morte deste foi herdado pelo seu filho Dr. António Guerreiro Pereira Júnior, médico em Faro, que o manteve até 1981. Por fim, o palácio foi vendido à Sociedade Quinta da Fonte da Pipa Urbanizações Lda.

Muitas são as histórias de Assombrações neste palácio. Uma delas diz respeito à filha de um dos proprietários que terá supostamente morrido na quinta e o seu espírito andar pela torre. Algumas pessoas testemunham já o ter visto à janela.
A outra história diz respeito à peste amarela e tuberculose que se viveu em Portugal. Muitas vítimas da doença eram depositadas nos famosos túneis deste palácio como forma da não propagação da doença. Assim sendo, consta que as suas almas vagueiam pelo palácio, fazendo-se ouvir passos e barulhos sem justificação aparente.

Haja que lenda houver, este local sempre foi um dos meus maiores fascínios. No dia 24 de Janeiro deste ano, pelas 6:10, um enorme incêndio com suspeitas de mão humana terá destruído grande parte deste monumento lindíssimo. O fogo só foi considerado extinto por volta das nove horas da manhã e foi combatido por bombeiros de quatro frentes, como Faro, São Brás de Alportel, Loulé e Albufeira.
O que resta atualmente encheu os meus olhos de lágrimas. No entanto, queria partilhar este local de raríssima beleza com todos vocês e saber se alguém já o visitou ou tem conhecimento da sua existência.